quinta-feira, 31 de março de 2011

"Desencanto" de Manuel Bandeira

Um comentário:

  1. Desencanto de Manuel Bandeira

    "Eu faço versos como quem chora
    De desalento... de desencanto...
    Fecha o meu livro, se por agora
    Não tens motivo nenhum de pranto.
    Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
    Tristeza esparsa... remorso vão...
    Dói-me nas veias. Amargo e quente,
    Cai, gota a gota, do coração.
    E nestes versos de angústia rouca,
    Assim dos lábios a vida corre,
    Deixando um acre sabor na boca.
    Eu faço versos como quem morre".

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