Publicado originalmente no site Metrópoles, em 04/12/2016.
Morre o poeta Ferreira Gullar, aos 86 anos.
Escritor, poeta, dramaturgo e crítico, Ferreira Gullar
morreu aos 86 anos,
no Rio de Janeiro
Ferreira Gullar, reconhecido poeta, crítico de arte e
dramaturgo, morreu neste domingo (4/12), aos 86 anos. As causas do falecimento
ainda não foram divulgadas. O escritor estava internado no hospital Copa D’Or,
no Rio de Janeiro. Em 2014, o autor foi eleito para a Academia Brasileira de
Letras. Ao longo da carreira, acumulou vários prêmios, como Jabuti e Camões.
Um dos fundadores do neoconcretismo, Ferreira Gullar foi um
personagem intensamente ativo na cultura brasileira. Nascido em São Luís (Maranhão),
mudou-se para o Rio nos anos 1950 e ajudou a formar os pilares iniciais da
chamada poesia concreta ao lado dos artistas Lígia Clark e Hélio Oiticica.
Exílio e “Poema Sujo”.
Nos anos 1970, teve que se exilar durante a ditadura militar
por sua filiação ao Partido Comunista. Ao retornar ao Brasil, em 1977, chegou a
ser preso, mas depois conseguiu retomar a carreira. Foi durante o refúgio na
Argentina que ele publicou um de seus livros mais importantes.
“Poema Sujo” (1976) mistura autobiografia com um balanço dos
tempos sombrios vividos pelo Brasil e pela América Latina. O livro ganhou
reedição caprichada em 2016 pela editora Companhia das Letras, com apresentação
do próprio poeta e introdução de Antônio Cícero.
Prêmios.
Entre os vários prêmios e láureas obtidos, Ferreira Gullar
foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura em 2002. Venceu o prêmio Jabuti de
melhor ficção em 2007 pelo livro “Resmungos”, em que reúne crônicas publicadas
no jornal “Folha de S. Paulo”. Em 2011, tornou a conquistar a honra pelo livro
de poesia “Em Alguma Parte Alguma”.
Em 2010, ganhou o importante Prêmio Camões, destinado a
escritores de língua portuguesa. Gullar também recebeu o título de Doutor
Honoris Causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por meio da
Faculdade de Letras da instituição.
Texto e imagem reproduzidos do site: metropoles.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário